TIÃO E A COMPANHEIRA DA JANELA

Foram doze anos dividindo os altos e baixos que a adolescência e a juventude trazem em uma gangorra de emoções. Da janela do quarto, era pra Carambola no fundo do quintal que Tião olhava. De certo uma dose de tranquilidade naquele tempo de inquietação. Ou ainda, o silêncio cúmplice quando tudo era solidão.

Quando o Tião trocou o quintal pelo mundo, a companheira da janela permaneceu em vigília. E em uma das visitas à velha casa, Tião encarou a janela vazia. Foi a doença, disseram alguns, que derrotou a Carambola.

Hoje, em forma de óculos, a companheira volta pro Tião. “Olha eu, ressignificando a minha janela”.